Pernalonga n° 27 - Ebal
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Mais uma espetacular edição de Pernalonga, publicada pela Editora Ebal em
junho de 1963, trazendo 36 páginas de muita confusão com o coelho mais
famoso...
Batman/Catwoman #12Casamentos, fofocas e desabafos
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Bom, parece que à morcegos e morcegos... ou morcegas neste caso.
Não que eu tenha nada contra casamentos em *comics* de super-heróis, não
tenho, mas lemb...
Publicidade RTP1 (Junho 1990)
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Voltamos a analisar blocos publicitários, desta vez uns do dia *27 de Junho
de 1990* na RTP1, antes e durante a exibição do filme "Filhos De Um Deus
Meno...
Santos populares e popularuchos
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Os santos populares portugueses em maior destaque são de facto o Santo
António, celebrado a 13 de Junho, o S. João, a 24 de Junho e o S. pedro, a
29 de Ju...
Shut 'er down, Clancy, she's pumping mud!
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It's been a good long ride. 10 years. Over 3,500 posts. Over 5,000 comments.
But all good things have to come to an end. It's time to shut down my blog.
A ...
Os Marretas Recordam Jim Henson
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No ano da morte de Jim Henson(1990), a sua produtora produziu um especial
em sua homenagem.
O programa foi escrito por, Jerry Juhl, Bill Prady e Sara Lucki...
Shut 'er Down Clancy, She's Pumping Mud
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I've over extended myself, it's that simple. I've been trying to dedicate
more and more time to my novel, Spirit Quest. While this blog is a natural
sister...
"Morais, sonhou e concretizou" - Sporting 1-0 MTK
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*O dia 15 de Maio de 1964 ficará, para sempre, na memória colectiva
leonina, pois trata-se da conquista da Taça dos Vencedores das Taças, a
primeira taç...
Um daqueles desenhos do qual guardo memórias afectivas, de finais de tarde chuvosos a assistir mais uma aventura do rei elefante.
Babar foi criado por Jean de Brunhoff, que escreveu os livros baseados nas histórias que a sua esposa contava aos filhos deles para adormecerem. As histórias relatam as aventuras de um pequeno elefante que sai da floresta e chega à cidade começando a vestir-se como um homem, quando mais tarde ele regressa à floresta, é eleito rei dos elefantes.
Essa premissa é utilizada também na série de TV, Babar casa-se com a sua prima Celeste e constituem família tendo 4 filhos, Flora, Pom, Alexandre e Isabel. Ele viveu muitas aventuras enquanto novo e conta elas aos seus filhos, os episódios mostravam então primeiramente um Babar adulto e suas crianças e depois passava para as aventuras dele quando criança mostrando um Babar mais novo e seus amigos.
Por cá foi transmitido no começo da década de 90 nos finais de tarde do canal 1, com uma dobragem Portuguesa, que tinha o grande António Feio a dirigir.
Para além das histórias que contava, os episódios também mostravam aventuras do Babar como adulto em especial quando tinha que enfrentar as artimanhas do seu rival, o rei da Rinolândia. Lembro-me que gostava tanto dessas aventuras como das histórias que ele contava, a animação era colorida e bastante movimentada , o que contrastava com o que estávamos habituados de desenhos animados semelhantes como o Panda Tao Tao, e a dobragem transmitia essa alegria envolvendo-nos completamente. Estes desenhos animados passaram também pela SIC em 1994 e 95, voltando aos ecrãs nacionais à sua casa original, mas com uma nova dobragem, em 2007 dando na RTP 2 pela hora do jantar.
A moeda de 50 Escudos foi uma das que mais usei na minha vida, o desenho da caravela e o relevo da moeda eram muito interessantes, e era mais uma daquelas que se tornava giro colocar um papel por cima e "raspar" com o Lápis para ficar com a imagem dela no papel.
Esta moeda em particular esteve em circulação desde 1987 até 2002, era de Cupro-Níquel com 31 mm de diâmetro e com o bordo denteado. Era uma moeda muito utilizada para comprar o lanche na escola, para carteiras de cromos ou máquinas de jogos. Fazia-se muito a combinação de 2 para chegar aos 100 escudos, e uma moeda destas garantia sempre que pelo menos ficaríamos bem alimentados.
Uma das maiores moedas que houve, quer em tamanho, quer no uso que se dava à mesma.
Quando tinha que formatar o meu PC, um dos programas que voltava logo a instalar era o Winamp.
O Winamp era o programa que a maioria utilizava para escutar música no computador. Em 1999 era o rei e senhor para ouvir as nossas músicas preferidas, quer fosse em cd quer fosse em MP3 já que suportava quase todos os formatos de áudio.
A Nullsoft lançou o programa em 1997, e em 1998 já eram mais de 3 milhões os utilizadores deste media player desenvolvido por dois estudantes do Utah, Justin Frankel e Dmitry Boldyrev.
As músicas eram vistas numa playlist com o nome do artista e da canção, tudo de uma forma muito intuitiva assim como as mudanças que se podiam efectuar nos agudos e graves da música, de forma a podermos a ouvir na sua plenitude. Mas um dos maiores sucessos era a possibilidade de mudar a skin onde o leitor se encontrava, modificando por completo o aspecto do mesmo. Existia de tudo um pouco, desde formatos de Naves a algo relacionado com séries de TV, passando por filmes e personalidades conhecidas, e desta forma podíamos nos divertir a modificar o leitor e não ver sempre a mesma coisa no nosso desktop.
O programa possibilitava a conexão com o mIRC ou o MSN, e assim todos sabiam o que escutávamos, um pré-Facebook nesse aspecto. Havia quem escutasse música no Windows Media Player ou outro programa, mas este era de longe o mais usado pelo pessoal, no qual me incluía. Lembro-me como perdia tempo a colocar logo várias skins de modo a poder variar sempre o aspecto dele, e de gravar playlists enormes de modo a não ter que me preocupar com a quantidade de músicas que ia ouvir.
Uma das minhas séries preferidas do começo da TVI, com as peripécias hilariantes de um grupo de adolescentes.
Ainda sou do tempo em que a TVI , ainda com a designação canal 4, se diferenciava dos outros canais com a aposta em séries Norte-Americanas em pleno horário nobre. Este era o canal de cabo para os adolescentes dos anos 90 e a alternativa aos Telejornais e Telenovelas que dominavam os outros canais. Uma das minhas preferidas era a Saved by the Bell, que aqui ficou com o nome de Já Tocou.
O teor leve e cómico da série seduzia, apesar de ela abordar na mesma temas mais sérios como a droga ou o alcoolismo e era uma forma divertida de se acabar o dia enquanto se jantava. O maior problema que eu tinha ao ver um episódio destes em 1993, prendia-se com o facto de que na minha casa a TVI ser vista com alguma dificuldade, com os chamados "fantasmas" e "sombras" que obrigavam a muitas mexidas na antena do telhado de tempos a tempos.
Saved by the bell foi transmitido pela NBC entre 1989 e 1993, num total de 4 temporadas e 88 episódios, originando 2 spin offs e 2 telefilmes com o regresso do elenco original. Em 2020 anunciou-se um reboot no serviço de streaming da NBC.
Gostava dos pormenores fora do comum para a altura, como o pormenor da personagem principal falar para nós telespectadores envolvendo-nos assim em tudo o que acontecia no episódio. Zack Morris, interpretado por Mark-Paul Gosselaar, era um betinho com a mania das grandezas e que andava sempre com esquemas que acabavam sempre por falhar com resultados hilariantes. O seu melhor amigo era o Samuel "Screech" Powers (Dustin Diamond), que era o típico nerd e em troca de fazer o trabalho de casa do seu amigo, recebia assim protecção contra os bullys da escola onde era um alvo apetecível com as suas roupas berrantes e as suas paixões geeks. A.C. Slater (Mario Lopez) completava o elenco masculino, começou como rival de Zack mas rapidamente o colocaram como membro do grupo, ocupando assim o lugar do "brutamontes" e "menos inteligente" dos 3.
No elenco feminino o destaque era dado à beldade Kelly Kapowski, interpretada por Tiffani-Amber Thiesen, uma cheerleader que no começo era disputada por Zack e Slater tendo o primeiro conquistado o seu coração e ficaram como um casal até ao final da série. Lisa Turtle (Lark Voorhies) era a menina rica do grupo, sempre bem vestida e interessada pela moda e que era o alvo constante das tentativas de conquista amorosa por parte do Screech. O elenco juvenil era fechado com Jessie Spano (Elizabeth Berkley) que tinha o papel da "sabe-tudo" do grupo e que ao longo das temporadas se envolvia em diversas lutas como o interesse pelo ambiente e coisas assim.
O único adulto regular era o director da escola, Mr. Belding (Dennis Haskins), que sofria as maiores tropelia, em especial nos esquemas de Zack, e era um dos maiores alívios cómicos fosse qual fosse a temporada. O seu riso em conjunto com o "roncar" de Screech eram das maiores imagens de marca da série, conseguíamos logo identificar em qualquer lugar.
Comprei as primeiras 2 temporadas e apesar dela ter envelhecido mal, ainda tem uns momentos bastante divertidos e consegue nos trazer boas lembranças. O robô do Screech e a sua paixão por Xadrez e Ciência em geral, os momentos em que ele se escondia no cacifo, a sua voz quando se entusiasmava com algo ou ainda o achar-se um engatatão apesar das recusas constantes da sua paixão.
Um dos meus episódios favoritos é quando Zack decide usar de mensagens subliminares em k7's gravadas de modo a conseguir encontros com a miúda que gostava. Lógico que depois decide usar para outras coisas, como para evitar castigos com Mr. Belding e a coisa acaba por correr mal.
Lembro-me quando o Screech dá explicações à Kelly e quase que acabam por andar mas decidiram não entrar por esse caminho devido a serem de mundos diferentes e nunca me esquecerei da expressão TIME OUT! que o Zack usava colocando assim todos ao seu redor em stand by como se tivessem congelados.
A música do genérico também era bastante viciante e deixava-nos logo animados já que era bastante mexida e divertida. Continuo com boas lembranças desta série e leva-me aos tempos áureos deste canal quando dava séries divertidas como esta
Tive pena de por cá nunca se ter apostado no desenho animado do Pica-Pau, eu era bastante fã da personagem, tanto na BD, como na TV.
A RTP nunca apostou muito nos desenhos animados do Pica-Pau (Woody Woodpecker), normalmente eram usados como tapa buracos na programação, mas eu ficava vidrado no ecrã sempre que dava. Foi criado por, Walter Lantz, que teve a ideia depois de ter sido atormentado por um destes animais numas férias. Foi difícil vender a ideia aos estúdios da Universal, mas nos anos 40 este animal começou a ganhar destaque nas curta metragens cinematográficas do estúdio, atingindo algum sucesso.
No começo ele era desenhado de uma forma mais rude, com um aspecto "louco" e uma aparência grotesca, com as histórias recheadas de violência, que só viu um abrandamento quando começou a ser transmitido na televisão em 1957. Até 1972, altura em que o criador decidiu encerrar o estúdio, o desenho foi ganhando contornos mais simpáticos e simples, com o seu comportamento sendo acalmado e abandonando os teores agressivos do começo.
Por cá deu a versão original, com a voz do lendário Mel Blanc. Mais tarde vi a versão Brasileira e a mesma está extremamente bem feita, os dubladores captaram na perfeição a loucura da personagem e aumentavam o carisma dela, um pouco como a dobragem Portuguesa do Ren & Stimpy.
Ben Hardaway e Grace Stafford foram as outras vozes da personagem, mantendo a risada usada por Blanc e que virou imagem de marca do desenho, sendo que sofriam da mesma "aceleração" para dar aquele tom "esganiçado" ao pássaro, que combinava com o seu espírito louco e agressivo. Apesar disso tudo, Pica-Pau foi dos primeiros desenhos animados a ter direito a uma estrela no passeio da fama em Los Angeles, e teve uma música baseada nele que alcançou sucesso no top de vendas.
Lembro-me que gostava bastante da revista da editora Abril, tanto quando aparecia ele ou os seus personagens secundários como a Morsa, ou ainda companheiros como o Picolino, um pinguim bem engraçado. Na TV quando ele virou algo mais engraçado e calmo, perdeu muito da piada e do carisma, piorando quando se juntaram a ele 2 sobrinhos pequenos.
Um dos meus programas preferidos, onde marionetas iguais a figuras públicas nos faziam rir com situações baseadas em acontecimentos reais.
Estreou em 1992 na SIC, um programa baseado no Spitting Image da BBC, com o nome Jornalouco, que apesar do conteúdo irreverente do programa, e do canal, não obteve o sucesso esperado. Foram dadas mais duas oportunidades, 2 programas com nomes diferentes que não tiveram as audiências esperadas, e a produtora Mandala mudou-se para a estação Pública, a RTP. Assim nasceu o Contra-Informação a 29 de Abril de 1996 tendo estado 15 anos no ar, um feito para um programa de humor no nosso País.
Transmitido na RTP1, rapidamente conquistou todos com o seu tipo de humor e com os bonecos a representarem figuras públicas do nosso País, desde o desporto à Política passando pela TV ou o "Jet-7", todos tiveram direito a um boneco que em algumas ocasiões era mais popular que a personalidade que imitava. O trabalho de vozes era fenomenal, e os bonecos por vezes tinham uma vida própria de tão parecidos que eram com o original.
O programa foi transmitido em diversos horários, sempre bem perto do Telejornal, 19:55, 21:00 e 22:00 foram os diferentes slots deste programa que em pouco mais de cinco minutos nos divertia e deixava com um sorriso nos lábios após mais um dia cansativo. Um período de grande inspiração das Produções Fictícias onde se destacavam o Filipe Homem Fonseca ou o José de Pina, e onde os seus textos eram abrilhantados pelas vozes de talentos como Rui Pimpão ou Canto e Castro.
Eu lembro-me de rir bastante em quase todos os programas, e a dada altura eles davam especiais, como em eventos desportivos ou a Eurovisão, e eram quase sempre ainda melhores que os programas normais. Tóni Vitorino (António Vitorino) e a dupla Professor Martelo (Marcelo Rebelo de Sousa) e Marques Pentes (Marques Mendes) eram dos meus predilectos. O "Granda nóia" do Pentes era quase sempre hilariante e bem colocado como punchline do sketch. Outro dos preferidos do público era o Bimbo da Costa (Pinto da Costa) sempre bem acompanhado pelo seu cão Bóbi e o seu gato Tareco.
A popularidade era tanta, que em 3 meses já o queriam tirar do ar e acabar ali com o programa. Segundo rumores, existiram ameaças de acabar com os jogos de futebol na RTP se não parassem com aquela paródia. Mas Joaquim Furtado, director de programas na altura, mostrou-se logo intransigente e apoiou o seu programa. Um ano depois e o próprio Pinto da Costa admitia que achava piada ao seu boneco e ao programa, assim como a grande maioria dos visados, em especial os Políticos.
Chegaram a aparecer pessoas que pediam à Mandala para criar um boneco baseado neles, aquilo dava um estatuto mas que nem todos mereciam porque um boneco era caro e convinha ser mesmo de uma personalidade bastante conhecida e que desse grandes sketchs. José Pina admite que era fácil escrever textos para Santana Flopes (Santana Lopes) devido à vida social da pessoa em questão, ou para bordões como o "Carago, ai não carago não" do Ferrenho Gomes (Fernando Gomes) por este ter dito num evento aos guionistas "eu não digo carago".
A 9 de Dezembro de 2010 assistiu-se tristemente ao fim de um programa que alguns afirmaram que ajudou à queda da credibilidade de um primeiro Ministro, Toneca Guterres (António Guterres), que com o seu simples "É a vida" transparecia uma simplicidade e pouca capacidade de resolver problemas. Voltou à sic, e aos seus canais temáticos, entre 2013 e 2015, com o nome contra-poder, mas sem a mesma chama e sucesso. Em Junho de 2020 a produtora MauMauMaria e João Quadros falaram de um possível regresso.
Espero que ele volte, é um programa necessário porque rir continua realmente a ser o melhor remédio.